sábado, 28 de julho de 2018

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 Recursos da Internet para Educação



Recursos, que compõem   as tecnologias de construção para Internet e possibilitam a interação com conteúdos educacionais.
Recursos da Internet para Educação
 
BLOG
        Os Blogs são páginas pessoais, em formato de diários, atualizadas a qualquer momento, trazendo links para outros blogs do dia-a-dia ou temas específicos, como cinema, arte música, educação e gira em torno de comentários sobre atualidades trazendo mais cor, expressão, identificação e individualidade à Internet.

        É a abreviação da palavra Weblog (rede, teia) e Log (registro); Os Weblogs são feitos no meio on-line, e os usuários que mantém esses registros na Internet são chamados de “blogueiros”.
        Weblogs, ou blogs, consistem em publicações de conteúdos como textos, links, fotos, poesias, déias, piadas, notícias etc... de forma cronológica como um jornal, ficando arquivado por um período determinado, através do próprio browser tornando-se mais fácil criar e publicar uma página Web como espaço pessoal,  que faz do weblog mais de uma ferramenta tecnológica, mais uma forma de inclusão na comunidade Web.
        Composto por pequenos parágrafos, segue uma linha de tempo, como um fato após o outro, semelhante a uma home page, mas com a vantagem de veiculação da informação em tempo real, numa maior possibilidade de interação com o leitor , que pode emitir sugestões, comentários, críticas e mandar recados, enfim tudo o que a imaginação do autor permitir; Os blogs também são uma excelente forma de comunicação entre uma família, amigos, grupo de trabalho, ou até mesmo empresas. Ele permite que grupos se comuniquem de forma mais simples e organizada do que através de e.mail ou grupos de discussão; Muitos  são pessoais,  intimistas, veiculam idéias ou sentimentos do autor, alguns são voltados para diversão e outros para o trabalho, mas também tem aqueles que misturam tudo. Mas, em geral, enfocam um tópico ou área de interesse para quem os escreve.
        Usar um blog é como mandar uma mensagem instantânea para toda a web: você escreve sempre que tiver vontade e todos que visitam seu blog tem acesso ao que foi escrito.


 O que isso significa para educadores e estudantes?
        “Chega em boa hora, quando a Rede já não trazia mais muitas novidades” (BERNERS,1997).

        Tim Berners-Lee’s, inventor da Web, em 1997 comentou aos membros da World-Wide Web consortium (WC3), que “A Web deve ser um meio para a comunicação entre povos: uma comunicação que produz conhecimento compartilhado.”
        Certamente a natureza aberta e flexível dos weblogs incentiva tais diálogos; muitos usuários universitários de weblolgs, ou “bloggers” vem convidando indivíduos das comunidades locais, nacionais e internacionais a participar de suas aulas através de seus Weblogs. Nas mãos de professores criativos, os Weblogs podem permitir aos estudantes, conectar suas experiências de sala de aula ao mundo.
        Os Weblogs podem dar suporte a Educação de várias formas, como um jornal acadêmico, um espaço de reflexão e discussão dos estudantes, uma forma de construir conhecimento  de  forma  autônoma  e  coletiva (colaborativa),  uma ferramenta  para estimular e  registrar pesquisas, uma memória coletiva  para equipes remotas ou não, bem como uma orientação para um estudante  novo. Ainda, mesmo que todo o seu potencial não seja explorado ao máximo, pode-se utilizá-lo para fornecer o  conteúdo  de  um  curso e  suas  atualizações, pois  os professores podem publicar e atualizar materiais com mais facilidade, eficiência e flexibilidade.


 BLOG: Diário de aprendizagem na rede
        O Blog ainda é novidade como recurso de aprendizagem, mas a linguagem é bem conhecida dos adolescentes, que o utilizam para publicar páginas pessoais, como os tradicionais diários.

        Na sala de aula, serve para registrar os conhecimentos adquiridos  pela  turma, durante os projetos de estudo, sendo  possível  enriquecer os relatos com  links, fotos, ilustrações e sons; Os professores acompanham e orientam as pesquisas abrindo novos canais de comunicação e  incentivando, com  isso,  o  convívio e aprendizagem das tecnologias envolvidas, convidando os  alunos para  criarem juntos o blog da turma.

        Todo o processo - escolher o servidor, eleger e editar o visual, inscrever os participantes e decidir o nome e os “objetivos”do blog - pode ser feito coletivamente.

        Se cada educando colaborar com o blog uma vez por semana, já serão várias novidades por dia; É bom lembrar que os servidores tiram do ar os blogs que ficam muito tempo sem atualizações.

        E o educador? Ele também teria acesso aos blogs pessoais dos alunos, podendo sempre comentá-los tirar dúvidas e selecionar bons textos e temas de discussão para levar para a sala de aula. Deixando os alunos livres para criar, sem compromisso de resultado ou nota, o professor obtém o que há de mais valioso nessa relação, passando a conhecer a cabeça de seus alunos, seus sonhos, medos, desejos e interesses.

������� Tudo isso vale também para o professor, seja como for, levar o recurso de blogs para a escola pode representar um salto na capacidade de comunicação dos alunos. Convidados a se divertir, eles estarão exercitando a leitura, a escrita, o senso crítico e a familiaridade com a informática. Os blogs são um símbolo do caráter democrático e plural da internet.
 Hospedagem gratuita de blog
www.uniblog.com.br
www.blogger.com.br
www.terra.com.br



Saiba mais...


 Sete motivos para um professor criar um blog * (Betina von Staa)
        Nesse mundo da tecnologia, inventam-se tantas novidades que realmente é difícil acompanhar todas as possibilidades de trabalho que se abrem para um professor. Recentemente, surgiu mais uma: o blog.

        No blog, tudo acontece de uma maneira bastante intuitiva; e com esse recurso, o educador tem um enorme espaço para explorar uma nova maneira de se comunicar com seus alunos. Vejamos sete motivos pelos quais um professor deveria, de fato, criar um blog.


1 - É divertido 
        É sempre necessário termos um motivo genuíno para fazer algo e, realmente, não há nada que legitime mais uma atividade que o fato de ela ser divertida. Um blog é criado assim: pensou, escreveu. E depois os outros comentam. Rapidamente, o professor vira autor e, ainda por cima, tem o privilégio de ver a reação de seus leitores. Como os blogs costumam ter uma linguagem bem cotidiana, bem gostosa de escrever e de ler, não há compromisso nem necessidade de textos longos, apesar de eles não serem proibidos. Como também é possível inserir imagens nos blogs, o educador tem uma excelente oportunidade de explorar essa linguagem tão atraente para qualquer leitor, o que aumenta ainda mais a diversão. O professor, como qualquer “blogueiro”, rapidamente descobrirá a magia da repercussão de suas palavras digitais e das imagens selecionadas (ou criadas). É possível até que fique “viciado” em fazer posts e ler comentários.  

2 - Aproxima professor e alunos

       Com o hábito de escrever e ter seu texto lido e comentado, não é preciso dizer que se cria um excelente canal de comunicação com os alunos, tantas vezes tão distantes. Além de trocar idéias com a turma, o que é um hábito extremamente saudável para a formação dos estudantes, no blog, o professor faz isso em um meio conhecido por eles, pois muitos costumam se comunicar por meio de seus blogs. Já pensou se eles puderem se comunicar com o seu professor dessa maneira? O professor “blogueiro” certamente se torna um ser mais próximo deles. Talvez, digital, o professor pareça até mais humano.

3 - Permite refletir sobre suas colocações
       O aspecto mais saudável do blog, e talvez o mais encantador, é que os posts sempre podem ser comentados. Com isso, o professor, como qualquer “blogueiro”, tem inúmeras oportunidades de refletir sobre as suas colocações, o que só lhe trará crescimento pessoal e profissional. A primeira reação de quem passou a vida acreditando que diários devem ser trancados com cadeado, ao compreender o que é um blog, deve ser de horror: “O quê? Diários agora são públicos?”. Mas pensemos por outro lado: que oportunidade maravilhosa poder descobrir o que os outros acham do que dizemos e perceber se as pessoas compreendem o que escrevemos do mesmo modo que nós! Desse modo, podemos refinar o discurso, descobrir o que causa polêmica e o que precisa ser mais bem explicado ao leitor. O professor “blogueiro” certamente começa a refletir mais sobre suas próprias opiniões, o que é uma das práticas mais desejáveis para um mestre em tempos em que se acredita que a construção do conhecimento se dá pelo diálogo.



4 - Liga o professor ao mundo        Conectado à modernidade tecnológica e a uma nova maneira de se comunicar com os alunos, o educador também vai acabar conectando-se ainda mais ao mundo em que vive. Isso ocorre concretamente nos blogs por meio dos links (que significam “elos”, em inglês) que ele é convidado a inserir em seu espaço.  Os blogs mais modernos reservam espaços para links, e logo o professor “blogueiro” acabará por dar algumas sugestões ali. Ao indicar um link, o professor se conecta ao mundo, pois muito provavelmente deve ter feito uma ou várias pesquisas para descobrir o que lhe interessava. Com essa prática, acaba descobrindo uma novidade ou outra e tornando-se uma pessoa ainda mais interessante. Além disso, o blog será um instrumento para conectar o leitor a fontes de consulta provavelmente interessantes. E assim estamos todos conectados: professor, seus colegas, alunos e mundo.

5 - Amplia a aula        Não é preciso dizer que, com tanta conexão possibilitada por um blog, o professor consegue ampliar sua aula. Aquilo que não foi debatido nos 45 minutos que ele tinha reservados para si na escola pode ser explorado com maior profundidade em outro tempo e espaço. Alunos interessados podem aproveitar a oportunidade para pensar mais um pouco sobre o tema, o que nunca faz mal a ninguém. Mesmo que não caia na prova.

6 - Permite trocar experiências com colegas        Com um recurso tão divertido em mãos, também é possível que os colegas professores entrem nos blogs uns dos outros. Essa troca de experiências e de reflexões certamente será muito rica. Em um ambiente onde a comunicação entre pares é tão entrecortada e limitada pela disponibilidade de tempo, até professores de turnos, unidades e mesmo escolas diferentes poderão aprender uns com os outros. E tudo isso, muitas vezes, sem a pressão de estarem ali por obrigação. (É claro que os blogs mais divertidos serão os mais visitados. E não precisamos confundir diversão com falta de seriedade profissional.)

7 - Torna o trabalho visível
        Por fim, para quem gosta de um pouco de publicidade, nada mais interessante que saber que tudo o que é publicado (até mesmo os comentários) no blog fica disponível para quem quiser ver. O professor que possui um blog tem mais possibilidade de ser visto, comentado e conhecido por seu trabalho e suas reflexões. Por que não experimentar a fama pelo menos por algum tempo?Antes de fazer seu próprio blog, vale a pena consultar as realizações de algumas pessoas comuns ou dos mais variados profissionais. Faça uma busca livre pela Internet para descobrir o que se faz nos blogs pelo mundo afora e (re)invente o seu!


    * Betina von Staa é coordenadora de pesquisa em tecnologia educacional e articulista da divisão de portais da Positivo Informática. Autora e docente de cursos on-line para a COGEAE, a Fundação Vanzolini e o UnicenP, é doutora em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela PUC-SP.
 Referências bibliográficas:

  • DICKINSON, Guy. Weblogs: can they accelerate expertise? Tese de mestrado em Educação da Ultralab, Anglia Polytechnic University, Reino Unido, 2003. Acesso em: 29 jul. 2005. <www.educacional.com.br/abresite.asp?IdPublicacao=113781>

  • GENTILE, Paola. Blog: diário (de aprendizagem) na rede. Nova escola, jun./jul. 2004. Acesso em: 29 jul. 2005. <www.educacional.com.br/abresite.asp?IdPublicacao=113782>

  • KOMESU, Fabiana Cristina. Blogs e as práticas de escrita sobre si na Internet. In: MARCUSCHI, Luiz Antônio;

  • XAVIER, Antônio Carlos. Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.

  • LEARNING and Leading with Technology. BlogOn, 2005. vol 32, n. 6.

       Créditos - BLOG: 
       revistaescola.abril.com.br/blog/blog_indice.shtml
       www.educacional.com.br
       www.educarede.org.br/educa/index.cfm
       www.infowester.com
       www.insite.com.br
       www.sinprosp.org.br

HOT POTATOES
        
O Hot Potatoes é um programa de origem canadense que conta com um conjunto de seis ferramentas de autoria. Esse programa foi desenvolvido pela University of Victoria CALL Laboratory Research and Deselopment. As ferramentas existentes nele possibilitam a criação de exercícios variados, como por exemplo, palavras cruzadas, múltipla escolha, associações entre colunas. Outro ponto relevante no tocante ao uso das ferramentas é a interatividade, uma vez que as atividades são criadas para uso no ambiente da internet.


 Ferramentas do Hot Potatoes
Segue abaixo uma breve discriminação das principais característica de cada ferramenta, isto é, que tipo de exercício cada uma delas produz.

 JCloze: tal ferramenta cria exercício de completar lacunas (ou de preenchimento de espaço). JQuiz: nessa o foco são atividades com questões de respostas curtas que podem se resumir em palavras, pequenas expressões ou até diminutas frases.

 JCross: essa ferramenta cria as palavras cruzadas, um formato de exercício bem conhecido.

 JMix: o exercício proposto por essa ferramenta é um espécie de ordenador de frases, conhecido popularmente como sopa de palavras.

 JMatch: nessa o trabalho de associação entre “colunas” é a prosposta de exercício.



 Instalação e configuração do programa
Para instalação do programa, vale a pena observar algumas informações. Para fins educativos, o programa Hot Popatoes é gratuito, basta que se preencha no sítio oficial do programa um formulário e posterior se proceda ao registro do programa (mais informações no guia). Além disso, o programa está disponível no idioma português. Logo abaixo, seguem alguns etapas básicas para uso do programa.

  • Instalação: para instalação, é preciso que o usuário acesse ao seguinte endereço: web.uvic.ca/hrd/hotpot/. Na seqüência, busque na seção de Download a versão do programa que esteja de acordo com o sistema operacional do seu microcomputador (Windons, Macintosh e Linux).
  • Entrada com os dados: faz-se necessário, de acordo com característica de cada ferramenta,  entrar ordenadamente com os dados relativos ao conteúdo que se deseja trabalhar.
  • Ajuste: prestar  de informações adicionais para que o usuário(estudante) não se perca durante a realização das atividades, como por exemplo,  comando das questões ou inserção de texto para orientação do estudante.
  • Exportação: após criação em si das questões, é preciso passá-las para um formato Web. Isso se faz com um simples clicar em um determinado botão disponível no próprio programa.
  • Publicação: com a utilização de software de publicação os exercícios são disponibilização na internet. E assim finalmente acessível aos alunos.

 Tutoriais 
Na internet, encontram-se muitos tutoriais que auxiliam os professores no manuseio das ferramentas disponíveis no Hot Potatoes. Segue abaixo uma seleção de links de tutoriais que podem ser bastante úteis para instrução dos usuários a cerca das peculiaridades de cada ferramenta.

www.cceseb.ipbeja.pt/Hotpotatoes/index.htm
www.pgie.ufrgs.br/dicasonline/hotpotatoeswww.acessus.net/html/tutoriais/potatoes/potatoes.htm



Também como forma de munir o usuário de informações sobre o programa, seguem abaixo links de guias do Hot potatoes:

woodstock.unicamp.br/nou-rau/ead/document/?view=25
www.aulaintercultural.org/IMG/pdf/gui_E3o_20hotpotatoes.pdf


 Aplicação educativa do programa

É possível visualizar, com o Hot Potatoes, uma série de atividades que podem ser utilizadas no enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem, no auxílio a alunos e  a professores frente aos desafios propostos pelo dia-a-dia da sala de aula. Além disso, é preciso acrescentar que o uso do programa aproxima alunos e professores do universo digital, o que pode resultar na elevação da qualidade do ensino. Apresentam-se abaixo sítios que trazem o Hot Potatoes como produto final, ou seja, pronto para uso pelos estudantes.

web.educom.pt/escolovar/hotpot_lp.htm
www.ufpel.tche.br/faem/dfs/quiz/ 
www.eb23-guifoes.rcts.pt/NetMate/sitio/Hot-Potatoes.htm
web.educom.pt/escolovar/hotpot_mat.htm




WEBQUEST
          O conceito foi criado em 1995 por Bernie Dodge, professor estadual da Califórnia (EUA) tendo como proposta metodológica o uso da Internet de forma criativa. A Webquest é uma atividade investigativa onde as informações com as quais os alunos interagem provêm da internet.
 Sua elaboração
É feita por um professor para ser solucionada por alunos reunidos em grupos.


 Seus recursos
Também chamados de fontes, os recursos podem ser livros, vídeos e mesmo pessoas a entrevistar, mas normalmente são sites ou páginas da Web.


 Tipos
Bernie Dodge define a Webquest em:
Curta: Leva de uma a três aulas para ser explorada pelos alunos e seu objetivo é a integração do conhecimento.
Longa: Leva de uma semana a um mês para ser explorada pelos alunos em sala de aula e tem como objetivo a extensão e o refinamento de conhecimentos.

A Webquest é constituída de sete seções:
- Introdução - Determina a atividade.
- Tarefa - Informa o software e o produto a serem utilizados.
- Processo - Define a forma na qual a informação deverá ser organizada (livro, vídeos etc).
- Fonte de informação - Sugere os recursos: endereços de sites, páginas da Web.
- Avaliação - Esclarece como o aluno será avaliado.
- Conclusão - Resume os assuntos explorados na Webquest e os objetivos supostamente atingidos.
- Créditos - Informa as fontes de onde são retiradas as informações para montar a webquest, quando página da Web coloca-se o link, quando material físico coloca-se a referência bibliográfica. É também o espaço de agradecimento às pessoas ou instituições que tenham colaborado na elaboração.


 Objetivos Educacionais
- O educador moderniza os modos de fazer educação (sincronizado com o nosso tempo/internet).
- Garante o acesso à informação autêntica e atualizada.
- Promove uma aprendizagem cooperativa.


 Desenvolver habilidades cognitivas
“Aprendizagens significativas são resultados de atos de cooperação, as WQs estão baseadas na convicção de que aprendemos mais e melhor com os outros do que sozinhos.”

- Favorece as habilidades do conhecer (o aprender a aprender).
- Oportuniza para que os professores de forma concreta se vejam como autores da sua obra e atuem como tal. (acessar, entender e transformar).
- Favorece o trabalho de autoria dos professores.
- Incentivar a criatividade dos professores e dos alunos que realizarão investigações com criatividade.
- Favorecer o compartilhamento dos saberes pedagógicos, pois é uma ferramenta aberta de cooperação e intercâmbio docente de acesso livre e gratuito.


 Quem esta usando as WQs
Pelo seu aspecto pedagógico, dinâmico, amplo, informativo e investigativo, estimula:
- Professores, Mestres e Doutores das mais diversas áreas e seguimentos.
- Alunos.


 Exemplos de WQs
www.vivenciapedagogica.com.br
webquest.sp.senac.br
www.webquest.futuro.usp.br
www.ese.ips.pt/abolina/webquests/bio/biodiversidade.html
www.escolabr.com
www.webquest.futuro.usp.br
www.edukbr.com.br
www.escolanet.com.br
www.iep.uminho.pt/encontro.webquest/workshops.htm
www.livre.escolabr.com/ferramentas/wq/
wqtiete.vila.bol.com.br 
wqenergia.vila.bol.com.br


 Passos para elaboração de uma Webquest

Planejar

  • Definir o tema
  • Selecionar fontes de informação
  • Delinear a tarefa
  • Estruturar o processo
Formatar
  • Escrever a introdução
  • Escrever a conclusão
  • Inserir o conteúdo no gabarito
Publicar
  • Fazer os acertos finais
  • Publicar a Webquest
Gabaritar
  • Nessa etapa é necessário usar um editor HTML, o que exige conhecimento em informática
  • Modelo de gabaritos.
O suporte oferece ferramentas de produção gratuitas, acervo de imagens, editores de html, hospedagen de sites, etc.


 WebQuest além dos limites
       LanQuest (BARROS, 2005) - Baseada na mesma metodologia de Bernie Dodge, só que em páginas off line, fora do espaço web, utiliza apenas um software de navegação, onde é simulada a navegação que ocorre na Internet. É uma possibilidade de trabalho que vai além do ciberespaço na extensão de um software de autoria, ou apresentação pronta em html. Ideal para escolas que não têm acesso a laboratórios de informática.       

       PaperQuets - É uma metodologia baseada na WebQuest que tem como referência para o trabalho fontes bibliográficas (biblioteca). Assim como a LanQuest, a PaperQuet também é ideal para escolas que não têm acesso a laboratórios de informática.
       A PaperQuest pode ter o formato de um jogo, as tarefas impressas em cartões com várias possibilidades de aventura (urbana, na mata, no espaço, etc...). Os alunos irão pesquisar e jogar ao mesmo tempo, por meio de ferramentas semelhantes ao PHPWebQuest (Barros 2005), onde a familiarização e a criticidade na análise dos textos encontrados em livros, jornais e revistas são necessárias.

       PHPWebQuest - É um programa educativo criado pelo professor espanhol Antônio Temprano para criar Webquest, Miniquest e caça ao Tesouro sem escrever o código HTML ou utilizar programas de edição de páginas de Web. O usuário pode editar e ou apagar as atividades criadas por ele. Uma de suas vantagens de edição de WebQuest pelo phpwebquest é que todo texto pode ser editado em html para quem já utiliza alguma ferramenta de produção nesse formato, tornando-se viável e possível no caso de alunos em situação de deficiência visual, a navegação por leitores de tela.


       Créditos - WEBQUEST: 
       Metodologia que ultrapassa os limites do Ciberespaço.
       Profa Gílian Cristina Barros - www.escolabr.com       Gabarito - www.webquest.futuro.usp.br       Espaço para discussão Wqs - www.escolabr.com

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Filme sobre inclusão

Menina surda quer ser bailarina 

As histórias de ficção podem ser boas vias de apreensão da diversidade. Por meio dos personagens, as crianças reveem a sua própria história e compreendem a importância do respeito ao outro, construindo valores como empatia e alteridade. Nesse sentido, os filmes são ótimas opções.

Créditos: Reprodução

O curta-metragem "Tamara" trabalha temas como inclusão, tolerância e diversidade.

"Tamara", produzido por criada por House Boat Animation Studio, é um curta-metragem de animação que conta a história de uma menina surda que sonha em ser bailarina. Com apenas 4:36, o filme fala sobre questões imprescindíveis para o desenvolvimento da criança e ressalta o protagonismo da criança ao enfrentar obstáculos e reafirmar o seu sonho.

O curta está disponível online e pode ser trabalhado com os pequenos também em sala de aula, para discutir inclusão e diversidade. 
10 filmes que abordam a inclusão de pessoas com deficiência



Para garantir a efetiva inclusão de crianças e adultos, é necessário que as deficiências sejam lidas em um contexto de diversidade, assumindo que todos temos perfis e necessidades específicas e aprendemos cada um a nossa maneira.

Para contribuir com essa reflexão, o Centro de Referências em Educação Integral selecionou filmes que têm como tema a inclusão de pessoas com diferentes tipos de deficiência. As obras podem ser um excelente disparador para debater, em sala de aula e também em família, a necessidade da construção de uma sociedade inclusiva.

Veja abaixo aqueles que tem classificação livre e pode ser visto pelas crianças.

Aqui você confere a lista completa

Cordas (2014)

O curta animado “Cordas” narra a amizade entre Maria, uma garotinha muito especial e Nicolás, seu novo colega de classe, que sofre de paralisia cerebral. A pequena, vendo algumas das impossibilidades do amigo, não desiste e faz de tudo para que ele se divirta e consiga brincar. Reconfigurando e recriando jogos e atividades, Maria celebra a vida do colega, aprende ao passo que ensina e emociona a todos – inclusive os espectadores -, com as possibilidades do sonho e de uma amizade verdadeira. Ao final, uma surpresa especial, que lembra a todos da importância do educar e da relação que se estabelece no ensino e aprendizagem.


Sempre amigos (1998)

O filme relata a parceria, a amizade e as dificuldades enfrentadas por dois garotos: Kevin, extremamente inteligente, sofre de uma doença degenerativa e, por conta disso, acaba ficando isolado do convívio social, e vivendo mais no mundo da imaginação; e Max, um gigante de 13 anos, que não tem o desenvolvimento esperado na escola e por conta disso é discriminado no ambiente pelos colegas. Quando os dois se encontram, uma bela amizade nasce e com ela uma relação de inteligência e força, como um contraponto às injustiças cometidas nas demais relações de convivência.

Uma lição de amor (2001)


O filme conta a história de Sam Dawson, um homem com deficiência mental que tem uma filha Lucy que, quando completa 7 anos, começa a ultrapassar intelectualmente seu pai. Uma assistente social ao ver a situação quer tirar a guarda internando Lucy em um orfanato. A situação se transforma em um briga jurídica em que se discute o papel do pai e se pessoas com limitações intelectuais como Sam podem ser responsáveis por crianças.



A pessoa é para o que nasce (2002)

Documentário relata a história de três irmãs cegas de Campina Grande, Maria das Neves, Regina Barbosa e Francisca da Conceição. A narrativa mostra a leitura de mundo das mulheres e a dedicação do trio à música.



Janela da Alma (2001)

No documentário, 19 pessoas dão seus relatos de como lidam com a deficiência visual. As histórias acabam abordando o olhar de uma forma mais sensível e menos ligada diretamente com o espectro exterior, sugerindo que a sociedade em geral, mesmo com a possibilidade de ver, deixou de enxergar o que é visível aos olhos.



Amy uma vida pelas crianças

Após a morte de seu filho, Amy deixa seu marido para se tornar professora em uma escola para crianças deficientes. Descobrindo uma nova razão para viver, ela se dedica a ensinar crianças surdas a falar, ao mesmo tempo em que elas o ensinam o verdadeiro sentido do amor.

Referência: http://educacaointegral.org.br/

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Blog TelasAmigas | Pelo uso seguro e saudável das novas tecnologias e pela cidadania digital responsável

Ergonomia e saúde no uso de computadores por crianças

Ergonomia computador
(Um artigo de Jorge Flores Fernández, diretor de TelasAmigas.)

Conectados ou não a Internet, crianças e adolescentes passam muitas horas em frente ao computador a cada semana sem que prestemos atenção em como eles o fazem e suas possíveis consequências para a saúde, em particular, problemas de visão e musculares.

Em TelasAmigas abordamos os diferentes tipos de telas e seu uso desde um ponto de vista integral e, especialmente, desde o sentido de saúde completa tal como define a OMS, Organização Mundial da Saúde: “é um estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não  somente a ausência de condições ou enfermidades”.
A partir desta perspectiva estamos trabalhando desde o nosso inicio, em 2004, com maior ênfase nos riscos que poderiam supor danos psicológicos, que eram menos conhecidos e, portanto, menos evidentes: conteúdos nocivos,cyberbullyingaliciamentosexting, perda de privacidade… Entretanto, não esquecemos a visão ergonômica do assunto, ainda que neste caso ignoramos os riscos psicossociais ligados especialmente ao estresse e a ansiedade.
Durante mais tempo, em mais lugares, desde idades mais precoces.
Ergonomia computadorCrianças e adolescentes vêm aumentando sua dose diária de contato com as telas de forma vertiginosa. Os computadores estão ganhando o espaço doméstico e também o âmbito escolar. Além disso, a idade de início do seu manuseio está em declínio contínuo enquanto estão se tornando imprescindíveis para o seu dia-a-dia e sua vida social. Entretanto, não estamos prestando atenção em que seu uso seja adequado desde um ponto de vista da saúde física, onde caberia apontar especialmente os problemas musculares e os visuais.
O uso do computador pode causar problemas de saúde?
Desde o âmbito da prevenção de riscos no trabalho,  aqueles trabalhadores que usam monitores (tecnicamente denominadas PVD, telas de visualização de dados) por mais de 4 horas ao dia ou 20 horas por semana devem ser submetidos a orientações específicas de monitoramento da saúde e seu posto de trabalho deve ser examinado e adequado. Isto porque considera-se que este período pode causar-lhes danos ao longo do tempo, se não existir condições adequadas. E as crianças e os adolescentes? Talvez não atinjam esses parâmetros limite, mas é certo que estão em fase de desenvolvimento e seus danos podem ser maiores. Eles são chamados de   nativos digitais mas não pensemos que já estão preparados para ficarem colados a uma tela  de forma imune.
Alguns dados sobre os efeitos do uso intensivo e inadequando de computadores
Problemas visuais e oculares
  • Conforme a publicação da revista Scientific American, não manter uma distancia adequada com a tela, e abusar de seu uso sem descanso pode acarretar problemas de tensão ocular e no futuro, causar glaucoma. A falta de condições adequadas (de luz, distância da tela, evitar descansos…) provoca também a mudança da forma como se pisca (cada vez se pisca menos para ser mais produtivo na hora de visualizar rapidamente o conteúdo da tela). Deve-se piscar de 12 a 15 vezes por minuto, entretanto os usuários de computadores tendem a piscar 4 ou 5 vezes por minuto.
  • Outras fontes alertam sobreo aumento dos casos de miopia em 66% desde a introdução dos computadores pessoais.
Os problemas de visão pelo uso do computador afetam a mais de 90% dos usuários que utilizam o monitor por 3 horas ou mais ao dia segundo cita este estudo sobre consumo de telas.
Problemas osteomusculares
  • Segundo um estudo, 50.9% dos meninos e 69.3% das meninas já sofreram de dores nas costas antes de completar os 15 anos, uma circunstância que ao chegar à idade adulta pode tornar-se crônica e inclusive afetar sua vida profissional.
  • O STC, ou Síndrome do Túnel do Carpo, dores no pulso associada a movimentos repetitivos, começa aparecer em crianças de idade precoce. É raro em menores de 10, mas cada vez mais frequente em adolescentessegundo informa este artigo.
  • 25% dos espanhóis maiores de 16 anos sofrem dor lombar ou cervical, segundo a pesquisa Europeia de Saúde na Espanha de 2009.
Cultura saudável no uso de dispositivos eletrônicos com telas
Embora existam vários dispositivos (videogames portáteis, smartphones, tablets, desktops) e cada qual tem suas próprias recomendações, fundamenta o comum denominador da cultura da saúde associada com as condições ergonômicas no uso de telas. Consideramos que em nossa sociedade, nas famílias e os centros educativos, não existe conhecimento suficiente e sensibilidade sobre este assunto que afeta as crianças. No entanto, em TelasAmigas temos o compromisso de ir mais além e que sejam os próprios protagonistas quem tomem consciência da importância de uma boa postura, da orientação do monitor, da comodidade do assento… sabendo adaptar por si só as condições, mudanças, em cada contexto de uso.
Para isso recorremos, como é habitual, à narração audiovisual, sem dramatismos e com humor, produzindo esta sequência animada:
Seu uso com menores de 8 a 11 anos vem demostrando como tomam parte da historia e se posicionam apoiando à criança que protagoniza a cena. Conhecida a dinâmica de tomadas falsas,inclusive aplaudem quando a cena é bem feita após as recriminações do adulto, um severo diretor de cinema.
Blog TelasAmigas | Pelo uso seguro e saudável das novas tecnologias e pela cidadania digital responsável

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Gabriel O Pensador- Estudo Errado- Vídeo Clipe




Conhecendo o Plano Nacional da Educação 2014-2024.

Prof. MSc Paulo Afonso da Cunha Alves*

O Plano Nacional da Educação (PNE) foi instituído pela Constituição Federal
de 1988, em seu artigo 214, que diz:
“A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal,
com o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime
de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de
implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do
ensino em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de
ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas
federativas que conduzam a:
I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - melhoria da qualidade do ensino;
IV - formação para o trabalho;
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos
em educação como proporção do produto interno bruto.”
O inciso VI foi acrescentado em 2009, pela Emenda Constitucional de nº 59.
Em 2010, tivemos a CONAE (Conferência Nacional de Educação), cujo intuito
era preparar o documento-base para ser levado ao Poder Legislativo para
aprovação do Plano Nacional de Educação, que substituiria o PNE 2001-2011,
o que ocorreu com a aprovação da Lei n° 13.005 de 25 de junho de 2014.
Dentre as diretrizes elencadas no novo PNE temos em seu artigo 2*:
“I - erradicação do analfabetismo;
II - universalização do atendimento escolar;
III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da
cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação;
IV - melhoria da qualidade da educação;
V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais
e éticos em que se fundamenta a sociedade;
VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública;
VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País;
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação
como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às
necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade;
IX - valorização dos (as) profissionais da educação;
X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à
sustentabilidade socioambiental.”
Das sete diretrizes apresentadas pela Constituição Federal, o PNE atual
elencou dez diretrizes: a I, II e IV são idênticas, sendo que, nesta última,
tivemos a troca da palavra ensino por educação, por ser mais abrangente. A III
é nova; na V, tivemos um acréscimo, onde a formação não seria só para o
trabalho, mas também para a cidadania, elevando-se os valores morais e
éticos. A VI é nova e segue a determinação constitucional da gestão
democrática. Na VII, tivemos o acréscimo da cultura e na VIII, os recursos
devem assegurar o atendimento às necessidades de expansão, com padrão de
qualidade e equidade. Por fim, tivemos mais duas diretrizes: a IX, cujo teor é a
valorização dos (as) profissionais da educação e a X, ligada aos direitos
humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.
O PNE é dividido por metas a serem alcançadas no decênio 2014-2024, que
são:
Meta 1: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as
crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação
infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento)
das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.
Meta 2: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a
população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95%
(noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade
recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.
Meta 3: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população
de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de
vigência deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%
(oitenta e cinco por cento).
Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de
sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes,
escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.
Meta 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro)
ano do ensino fundamental.
Meta 6: oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta
por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e
cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.
Meta 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e
modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a
atingir as seguintes médias nacionais para o IDEB: 6,0 nos anos iniciais do
ensino fundamental; 5,5 nos anos finais do ensino fundamental; 5,2 no ensino
médio.
Meta 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e
nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no
último ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região
de menor escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais
pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados à
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Meta 9: elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou
mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015
e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e
reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.
Meta 10: oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de
educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma
integrada à educação profissional.
Meta 11: triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível
médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por
cento) da expansão no segmento público.
Meta 12: elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50%
(cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da
população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade
da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas
matrículas, no segmento público.
Meta 13: elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de
mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do
sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do
total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.
Meta 14: elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto
sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e
25.000 (vinte e cinco mil) doutores.
Meta 15: garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste
PNE, política nacional de formação dos profissionais da educação de que
tratam os incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de
dezembro de 1996, assegurado que todos os professores e as professoras da
educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em
curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Meta 16: formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos
professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e
garantir a todos(as) os(as) profissionais da educação básica formação
continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades,
demandas e contextualizações dos sistemas de ensino.
Meta 17: valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de
educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as)
demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de
vigência deste PNE.
Meta 18: assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de
Carreira para os (as) profissionais da educação básica e superior pública de
todos os sistemas de ensino e, para o Plano de Carreira dos(as) profissionais
da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional
profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da
Constituição Federal.
Meta 19: assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da
gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e
desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das
escolas públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.
Meta 20: ampliar o investimento público em educação pública de forma a
atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto
– PIB do País no 5º (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o
equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.
Este é o PNE que deverá ser efetivado no decênio de 2014 a 2024, quando
uma nova reunião dos profissionais da educação analisará os avanços
ocorridos com o PNE que vigorou e os pontos não atendidos. A partir daí,
deverá ser então apresentada nova proposta para o decênio seguinte.
*Prof. MSc Paulo Afonso da Cunha Alves, é mestre em Educação (Políticas Públicas e Formação
Humana) pela UERJ, tutor a distância da disciplina de Políticas Públicas em Educação para o
curso de Licenciatura em Pedagogia.

domingo, 16 de outubro de 2016

A INCLUSÃO EDUCACIONAL DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA: LIMITES E DESAFIOS PARA A CULTURA ESCOLAR- por Marilda Moraes Garcia Bruno. In: APRENDIZAGEM, COMPORTAMENTO E EMOÇÕES NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: UMA VISÃO TRANSDISCIPLINAR. Organização: Elisabete Castelon Konkiewitz. Editora UFGD, Dourados, 2013. » Neurociências em Debate


Diversity wheel
O debate sobre a diferença, a diversidade cultural e a inclusão de grupos socialmente marginalizados, na última década, tem ocupado espaço nos discursos políticos e nas pesquisas em educação.
Essa temática envolve de forma abrangente o delineamento das representações sociais, das políticas públicas e das práticas sociais capazes de promover a exclusão ou a inclusão de pessoas com deficiência em nosso meio.
Historicamente, a educação de pessoas com diferenças significativas ou deficiência teve sua origem no campo da saúde e da assistência, fundada nos modelos da institucionalização, da proteção e correção do déficit. Essas práticas excludentes defendiam a segregação e o afastamento do ambiente familiar e comunitário.
O conceito de educação como direito social é relativamente recente no ideário da política e na prática educacional brasileira. Constituiu-se a partir da luta dos movimentos sociais no final da década de 80, impulsionados pelas ações da Organização das Nações Unidas, na década Internacional das Pessoas Portadoras de Deficiências (1981-1991) que defendia a igualdade de direitos e a integração social. Esses movimentos sociais influenciaram a Constituição Federal de 19881, que assegurou o direito à escolarização de todas as pessoas, independente de suas características físicas, sensoriais ou intelectuais. Assim, todas as crianças com deficiência ganham o direito de acesso às creches, pré-escolas e ao ensino fundamental.
Este capítulo apresenta um breve relato histórico da educação de pessoas com deficiência, analisa a evolução das representações e conceitos que orientam as políticas públicas e as práticas sociais da segregação à inclusão. Discute a cultura escolar, os limites e desafios para a implementação de uma prática pedagógica inclusiva. Por fim, narra algumas experiências exitosas e outras desafiadoras no processo de inclusão de crianças com deficiência na escola regular.

O percurso histórico da educação de pessoas com deficiência: da segregação à integração
inclusão 7
Para compreendermos a evolução histórica da atenção às pessoas com deficiência, não podemos deixar de olhar como as gerações passadas lidaram com fenômenos inusitados e até então desconhecidos cientificamente, e observar como as representações socioculturais acerca das deficiências foram construídas.
Na antiguidade, as sociedades rejeitavam as diferenças, as atitudes frente às pessoas com deficiência eram de repúdio, forte discriminação e eliminação do convívio familiar e social. A literatura da Roma antiga relata que as crianças com deficiência, nascidas até o princípio da era cristã, eram afogadas por serem consideradas anormais e débeis. Na Grécia, Platão, em seu livro “A República” conta que as crianças mal constituídas ou deficientes eram sacrificadas ou escondidas pelo poder público.
A Idade Média conviveu com sentimentos de repulsa ou superproteção diante das deficiências: os deficientes mentais, os criminosos ou loucos eram considerados possuídos pelo demônio, por isso eram banidos da sociedade; aos cegos e surdos eram atribuídos dons e poderes sobrenaturais. No pensamento de filósofos cristãos a crença oscilava entre castigo, culpa e expiação do pecado.
Esses sentimentos ambivalentes oscilavam entre rejeição extrema, piedade, comiseração e superproteção os quais marcaram as primeiras iniciativas e ações de proteção às pessoas com deficiência em hospitais, prisões e abrigos de cunho caritativo e religioso. Nas cartas de São Thomas de Aquino encontra-se o conceito de deficiência como um fenômeno natural da espécie humana.
A partir do Renascimento, com o surgimento das ciências, as concepções racionalistas buscam explicações para as deficiências, consideradas como doenças de caráter genético, mal físico ou mental. Surgem, então, as preocupações terapêuticas e assistenciais ao atendimento das pessoas com deficiência na Europa, Estados Unidos e Canadá; constituíam-se em programas destinados aos cuidados básicos de saúde, alimentação e moradia.
As primeiras iniciativas para educação de pessoas com deficiências surgiram na França, em 1620, com a tentativa de Jean Paul Bonet de ensinar surdo a falar; o abade Charles M. Eppé criou o “Método de Sinais” e iniciou a educação dos surdos. O Instituto Real dos Jovens Cegos foi fundado em 1784, por Valentin Hauy. Mais tarde, em 1834, Louis Braille criou o sistema de leitura e escrita por relevo (seis pontos), denominado Sistema Braille que possibilitou a educação e independência das pessoas cegas.
No Século XIX, o médico Francês Jean Marc Itarde criou um método de ensino inspirado na experiência do menino selvagem de Ayeron, no sul da França, dando início à educação de pessoas com deficiência intelectual. O médico francês Edward Seguin criou a primeira escola pública residencial para educação de crianças com deficiência mental e criou um método fundamentado na neurofisiologia que consistia na utilização de recursos didáticos com cores e música para despertar o interesse e motivação dessas crianças. No início do século XX, as escolas especiais proliferaram por toda Europa e Estados Unidos. Na Itália, a médica Maria Montessori cria um método para educação de crianças com deficiência mental fundamentado na estimulação sensório-perceptiva, na ação funcional e organização da rotina diária. Esse método é atualmente utilizado para educação de crianças sem deficiência.
Na América Latina, o Brasil foi pioneiro no atendimento às pessoas com deficiências, com a criação do Imperial Instituto de Meninos Cegos, em 1854, hoje Instituto Benjamin Constant e o Instituto dos Surdos Mudos, em 1857, hoje INES – Instituto Nacional de Educação de Surdos; ambas as escolas, residenciais no Rio de Janeiro, abrigaram pessoas com deficiências sensoriais de todo o país por mais de um século e meio.
No início do século passado, foi criado, no Rio de Janeiro, o Instituto Pestalozzi (1926) destinado ao atendimento de pessoas com deficiência mental e, em 1954, é fundada a APAE – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. Instituições essas responsáveis por várias décadas pelo atendimento educacional às pessoas com deficiência em nosso país.
A história do atendimento às pessoas com deficiência nos permite refletir que a visão mítica e maniqueísta presente até a Idade Média foi substituída pela explicação científica e pelo psicologismo do século XX, responsáveis pela criação dos serviços de reabilitação com enfoque clínico terapêutico. Esse modelo influenciou fortemente a então nascente educação especial em nosso país.
Somente a partir da Declaração dos Direitos Humanos (1948) fica assegurado o direito à educação fundamental para todas as minorias, entre elas as pessoas com deficiência, tendo como objetivo o desenvolvimento pleno da personalidade humana. A garantia desse direito surge pela primeira vez, em nosso país, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional2 – Lei nº 4.024/61 que dispôs sobre a educação de excepcionais preferencialmente dentro do sistema geral de ensino. A Lei nº 5.692/71 veio garantir o tratamento especial para os alunos com deficiência e superdotação, reforçou a criação de políticas especiais, a ampliação de escolas especiais financiadas pelo poder público e a criação de classes especiais na rede pública de ensino. Paradoxalmente, o que se pode observar, no Brasil, foi a expansão e criação de escolas especiais por todo o país.
A Constituição Federal de 19881 define a inclusão social e educacional como “direito de todos e dever do Estado e da família, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (Art. 205). O artigo 55 da Constituição Federal postula que os pais ou responsáveis têm a obrigação de matricular seus filhos na rede regular de ensino; e no artigo 227 que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)3, Lei nº 8.069/1990 dispõe sobre a proteção integral da criança e estabelece o direito à educação como prioritário e a oferta do atendimento educacional especializado pela escola como previstos na Constituição. Apresenta grande evolução conceitual quanto ao direito à diferença, à convivência comunitária e o atendimento às necessidades educacionais especiais. Esse documento assegura a todas as crianças “a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, o direito de ser respeitado por seus professores e o acesso à escola pública e gratuita, próxima de sua residência” (Art.35).
Observa-se que os dispositivos legais já apontavam para a redução dos mecanismos de exclusão, das desigualdades de oportunidades, para a ampliação de acesso e permanência de crianças com deficiência nas escolas públicas e privadas. Valoriza a convivência comunitária e a oportunidade da criança ser conhecida no seu bairro e frequentar a mesma escola com as demais crianças de sua idade.
Embora a evolução conceitual e os dispositivos legais sobre os direitos humanos garantam a inclusão escolar, observa-se na prática que as resistências continuam. Cabe questionar: por que alguns pais e professores ainda pensam que escolas segregadas podem ser a melhor opção para a educação de crianças com deficiências? Para compreensão desse processo, vejamos como as políticas de inclusão estão sendo construídas em nosso país.

A política de inclusão: conceitos, tendências e propostas
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O processo educacional excludente, paralelo e assistencialista, começou de certa forma a ser desconstruído pelo viés socioantropológico da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB2que pretendeu superar o conceito fixo de deficiência localizado no sujeito, nas limitações e nas impossibilidades e passou a questionar as práticas pedagógicas segregacionistas.
Para tanto, adotou os conceitos de Educação Para Todos e das Necessidades Educacionais Especiais, o primeiro divulgado pelo Movimento Internacional de Educação para Todos (Jontiem, Tailândia, 1990) e o segundo pela Declaração de Salamanca (Espanha, 1994), documentos dos quais o Brasil foi signatário.
O conceito de necessidades educacionais especiais, adotado pelas Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica4, não pretendeu focalizar a deficiência da pessoa e sim as condições da escola, as estratégias de ensino, os recursos, os apoios especializados organizados para atender as necessidades educacionais dos educandos com deficiência. A crença é de que essas estratégias e ações permitam o acesso ao currículo com promoção da aprendizagem.
Trata-se de um novo conceito que não responsabiliza apenas o aluno pelo seu sucesso ou fracasso escolar, mas aponta para a importância da interação entre as características e necessidades individuais do aluno com o ambiente social, cultural e educacional.
Essas diretrizes admitiram em caráter transitório classes especiais para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem ou dificuldades de comunicação e sinalização e aos que necessitassem de ajuda e apoio intenso e contínuo.
Hoje, de acordo com a evolução dos Direitos Humanos, as escolas e classes especiais deixam de existir como proposta política e pedagógica, pois a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência5, aprovada pela ONU em 2006, da qual o Brasil é signatário, recomenda a inclusão irrestrita em todos os níveis de ensino. Estabelece que as pessoas com deficiência “não sejam excluídas do sistema educacional geral sob a alegação de deficiência e que as crianças com deficiência não sejam excluídas do ensino fundamental gratuito e compulsório, sob a alegação de deficiência” (Art.24).
Ao discutir a negação do direito à educação como direito humano fundamental, Dra. Eugênia Augusta Fávero, procuradora da República em São Paulo, pondera que o direito de acesso das pessoas com deficiência ao ensino fundamental em turmas do ensino regular é um direito humano indisponível. Frequentar a escola regular é direito inquestionável que não pode ser substituído pelo ensino especial. (p.30)6
Para a defesa dos direitos das pessoas com deficiência, torna-se importante a clarificação do conceito de deficiência e de educação especial bem como conhecer os seus objetivos.

Quem são as pessoas com deficiência?
CHILDREN
Ainda há confusão em relação ao conceito de deficiência em nosso meio. Há escolas, professores e pais que erroneamente consideram crianças com aprendizagem lenta, dislexia, hiperatividade, dificuldades emocionais ou de atenção concentração como deficientes.
Conforme as Diretrizes da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008)7 são consideradas pessoas com deficiência aquelas que apresentam impedimentos de longo prazo, de natureza física, mental ou sensorial que, em interação com diversas barreiras, podem ter restringida sua participação plena e efetiva na escola e comunidade (grifo nosso). São os alunos com deficiência visual, auditiva, física, intelectual e os alunos com transtornos globais do desenvolvimento. Estes últimos são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro autismo e psicose infantil.
Os alunos com altas habilidades/superdotação demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentarem grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de interesse. Esses alunos necessitam de flexibilização e enriquecimento curricular.

O que é a educação especial na perspectiva da inclusão?
inclusion2
A Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva não se constitui em educação segregada ou paralela, é uma modalidade que perpassa todos os níveis de ensino, com a função de complementar e suplementar o currículo escolar. O Atendimento Educacional Especializado (AEE) disponibiliza recursos, serviços e orienta quanto aos processos de ensino e aprendizagem no ensino regular. O “AEE tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas” (p.15)7. A Educação Especial deve trabalhar de forma articulada com o ensino regular de forma a apoiar o processo de inclusão.
inclusão 9O atendimento educacional especializado não é reforço pedagógico, trabalha com o desenvolvimento humano e com os conhecimentos específicos no campo da educação especial, tais como Intervenção Precoce para crianças com deficiências neurossensoriais, deficiência mental, visual, auditiva, surdocegueira e transtornos globais do desenvolvimento. Inclui o ensino de LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais, Sistemas de comunicação alternativa, língua portuguesa como segunda língua para os surdos; Sistema Braille, Sorobã, Orientação e Mobilidade, e Atividades de Vida Autônoma para pessoas com deficiência visual; desenvolvimento dos processos mentais superiores, domínio da comunidade, programas de enriquecimento curricular, adequação e produção de materiais didáticos e pedagógicos; utilização de recursos ópticos especiais e não ópticos, da tecnologia assistiva, entre outros.

A inclusão e a cultura escolar: avanços, limites e desafios
inclusão 5

Na proposta da educação inclusiva, a escola passa a ser concebida como um espaço privilegiado para lidar com a diversidade, diferenças culturais, sociais, bem como para combater a situação de desigualdade e exclusão em que vivem as crianças brasileiras.
Nesse sentido, a Política de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (2008)7 postula sobre a existência de apenas um tipo de escola, a escola regular, a qual deve se organizar para lidar com as diferenças, com os níveis diferenciados de capacidades e ritmos de aprendizagem. Recomenda que as escolas especiais desenvolvam o atendimento educacional especializado não como substitutivo do ensino regular, mas como atividades de complementação e suplementação curricular. Por exemplo: o aluno com deficiência intelectual frequenta em um período a escola regular, com meninos e meninas de sua idade cronológica, no outro período frequentará o Atendimento Educacional Especializado. Nesse trabalho, os professores especializados desenvolverão atividades específicas para o desenvolvimento das funções cognitivas, para o desenvolvimento linguístico, atividades funcionais para autonomia e independência, habilidades sociais e de domínio da comunidade, entre outras.
Assim, os objetivos da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva são garantir o acesso, a participação e a aprendizagem dos alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, de forma que escolas públicas ou particulares ofereçam: atendimento educacional especializado; continuidade da escolarização nos níveis mais elevados de ensino; formação de professores para o atendimento educacional especializado e dos demais profissionais da educação para a inclusão escolar; participação da família e da comunidade; acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação; articulação intersetorial tendo em vista a implementação das políticas públicas.
Essas ações, essenciais para o processo de inclusão escolar, acesso ao currículo e promoção da aprendizagem são de responsabilidade dos sistemas educacionais, sejam públicos ou particulares. Alguns pais desconhecem que as escolas particulares têm as mesmas responsabilidades que as escolas públicas quanto à garantia do direito à educação e ao atendimento às necessidades educacionais especiais. Assim, a oferta de educação especial passa a integrar a proposta pedagógica da escola.
Observa-se que essa proposta inovadora esbarra nas atitudes, posturas e barreiras instrucionais existentes na escola frente às diferenças significativas. A escola que temos foi historicamente constituída sob o paradigma da homogeneidade, isto é, os agrupamentos são organizados conforme as possibilidades, níveis e capacidades similares dos alunos. O professor ensina da mesma forma a todos, utiliza as mesmas estratégias de ensino para um grupo homogêneo e supostamente idealizado, espera respostas padronizadas que valorizam a memória, a reprodução e o armazenamento da informação. Acaba excluindo aqueles que não correspondem prontamente às solicitações esperadas.
Na prática, a organização escolar fundamenta-se ainda na cultura da excludência, privilegiam-se conteúdos disciplinares desconectados da realidade sociocultural, valoriza-se a escola básica seriada, escalonada, avaliativa e seletiva (p.51)8. Para Mantoan9, um dos obstáculos para inclusão educacional é que o ensino fundamental é organizado por série e estruturado por disciplinas, é prisioneiro da transmissão dos conteúdos acadêmicos, e os alunos da reprodução nas aulas e nas provas.
O movimento da educação inclusiva, ao contrário, fundamenta-se no paradigma da heterogeneidade, cujos princípios filosóficos enfatizam o valor social da igualdade de oportunidade, onde todas as crianças se beneficiam por terem a oportunidade de aprender com as diferenças: diferentes formas de ser, fazer e compreender. As crianças aprendem a lidar com a diversidade, aprendendo atitudes de tolerância, solidariedade e cooperação. Essas são habilidades e valores necessários para a formação de uma sociedade ética e inclusiva.
Estudos apontam que alu­nos com níveis diferentes de deficiência aprendem mais em ambientes inclusivos, quando lhes são proporcionadas experiências e apoio educacionais adequados, do que quan­do estão em ambientes segregados ou em escolas especiais10,11. Para O’Brien e Stainback10,11, são prioritários programas adequados às necessidades específicas dos alunos com deficiência e a utilização de estratégias diferenciadas de ensino para a sala toda, de forma que o ensino favoreça a todos os alunos com e sem deficiências.
Essas pesquisas indicam que todos se beneficiam com a inclusão, em termos de atitudes positivas, trabalho conjunto, criação de laços de solidariedade e cooperação, os quais trazem ganhos nas habilidades acadêmicas, sociais e na preparação para a vida na comunidade.
No pensamento desses autores, a proposta de educação inclusiva propõe três formas interdependentes de ação organizacional da escola: a formação de rede de apoio com a participação de profissionais da educação especial, pais e equipe de atendimento terapêutico, quando necessário para avaliação e planejamento; articulação e trabalho conjunto – professor do ensino regular e educação especial; aprendizagem cooperativa, criação de uma atmosfera de aprendizagem em sala de aula em que alunos com diferentes interesses e habilidades desenvolvem atividades em conjunto.
Orientam o trabalho com agrupamentos heterogêneos, sistema de monitoria ou tutoria, os quais trazem benefícios e enriquecimento para todos os alunos. A postura e a atitude dos professores e da escola como um todo são responsáveis pela aceitação das diferenças e da comunicação facilitada; a mediação do professor para a integração no grupo ajuda o desenvolvimento de amizades e o trabalho com os colegas. Os alunos aprendem a ser sensíveis, a compreender, a respeitar e a crescer confortavelmente com as diferenças e as semelhanças individuais entre seus pares.
Esses autores apontam que a educação inclusiva representa uma transformação cultural, uma poderosa força para a revisão da cultura escolar, para a renovação da escola. Exige a reformulação de conceitos, a reforma do ensino, a reestruturação e renovação das escolas de forma que sejam mais acolhedoras, abertas e flexíveis. Recomendam a articulação e o trabalho conjunto entre professores do ensino regular e da educação especial.

O que pensam pais e professores sobre a inclusão educacional?

Os professores do ensino regular dizem com frequência que não se sentem capacitados para o atendimento de alunos com deficiências, embora a obrigatoriedade da oferta da disciplina de educação especial nos cursos de pedagogia e nas licenciaturas e a capacitação de professores para o atendimento às necessidades educacionais especiais no espaço da sala de aula tenham surgido com a LDB/19962.
Trata-se, no meu ponto de vista, de uma questão cultural. Pesquisa de Bruno12 sobre a inclusão de alunos com deficiência em escolas que não vivenciaram tal experiência evidenciou que é comum os pais e professores apresentarem sentimentos de insegurança, medo e até mesmo ansiedade diante da nova situação. Mostrou, em um primeiro momento, que alguns pais e professores pensavam que talvez fosse melhor para o aluno a sua participação em classe especial, com colegas que apresentam questões semelhantes e as mesmas dificuldades. Os pais externaram o seu temor pela rejeição e exclusão do grupo, a preocupação de que seus filhos pudessem estar inseridos apenas fisicamente, mas sem participarem de todas as atividades com as demais crianças.
No entanto, os resultados apontaram que com o tempo, com a convivência e a experiência no trabalho com esses alunos, os preconceitos e as resistências são substituídos por atitudes de busca, estudo, troca de experiências e conhecimentos. Os aspectos positivos colocados pelos professores entrevistados são de que se tornaram melhores professores e aprenderam a trabalhar de forma colaborativa. Os professores reforçaram a importância do apoio e ajuda dos pais, dos demais profissionais, dos especialistas e da escola como um todo.
A proposta de educação inclusiva propõe três formas interdependentes de ação organizacional da escola: a formação de rede de apoio com a participação de profissionais da educação especial, pais e equipe de atendimento terapêutico, quando necessário para avaliação e planejamento; articulação e trabalho conjunto do professor do ensino regular e educação especial; aprendizagem cooperativa, criação de uma atmosfera de aprendizagem em sala de aula em que alunos com vários interesses e habilidades diferentes trabalham em conjunto10.
No Brasil, os sistemas de ensino são responsáveis pela formação continuada de seus professores. Nesse sentido o MEC/SEESP, vem desenvolvendo, desde 2003, com as Secretarias Municipais de Educação, o Programa de formação continuada de professores e gestores denominado Educação Inclusiva: direito à diversidade, que já atingiu grande parte dos municípios brasileiros. Há vários livros sobre educação inclusiva, vídeos e programas acessíveis disponibilizados no site do MEC/SEESP – Secretaria Nacional de Educação Especial.
Os pais, professores e pessoas com deficiência podem buscar ajuda e orientação nos Serviços de Educação Especial de seu município. Além disso, o Ministério Público tem atuado ativamente no sentido de assegurar a garantia do direito à educação de todas as crianças e o atendimento às necessidades educacionais especiais das pessoas com deficiência.

Algumas experiências e desafios para a inclusão educacional
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Compartilho com o leitor algumas experiências exitosas, dificuldades e desafios que enfrentamos na tarefa de dar apoio e suporte ao processo de inclusão como professora especializada. As histórias são reais e os nomes fictícios.
“Tatiane era uma menina de 8 anos que gostava de cantar, dançar e participar de teatro. Frequentava escola especial, e sua mãe preocupava-se pelo fato dela imitar apenas os comportamentos inadequados de alguns meninos da escola. Queria que ela frequentasse a escola regular, embora os médicos, neurologista e psiquiatra, orientaram escola especial em virtude das acentuadas dificuldades intelectuais e do diagnóstico de autismo. Tatiane, em determinadas situações, desorganizava-se muito: não conseguia se acalmar e ouvir a professora, ficava extremamente ansiosa, gritava, corria e se jogava no chão, principalmente na hora das atividades de leitura e escrita, sua maior dificuldade. Conversamos com a turma do segundo ano, onde fora matriculada, sobre as dificuldades de Tatiane para controlar seu comportamento, pedimos paciência e os tranquilizamos que as professoras iriam ajudá-la a se organizar. Introduzimos a professora tutora na sala que acompanharia a aluna e faria a mediação nos momentos e nas atividades que necessitasse. A tutora passou a realizar o registro dos períodos e atividades que geravam maior ansiedade e desorganização na aluna, assim a rotina da sala foi organizada sem muitas mudanças, passou-se a utilizar na sala um calendário com ilustração da rotina do dia e uma agenda discutida e desenhada pelos próprios alunos de como seria o dia de trabalho. Tatiane apresentava muita dificuldade para a elaboração do desenho, isso a angustiava, a professora discutia as imagens das histórias, refletia sobre os significados e aos poucos a aluna foi conseguindo expressar, a seu modo, seus sentimentos e pensamentos. Rejeitava o lápis e as atividades escritas, a professora e os colegas foram construindo com ela fichas com letras e sílabas e ela as colava no caderno. Aprendeu primeiro a ler pequenas palavras, depois com o tempo foi aprendendo a escrever as palavras que lhes interessavam. Aprendeu a recontar pequenas histórias e a declamar versos, tinha prazer em apresentá-los para a sala. Tatiane seguiu sua turma, hoje frequenta o quinto ano, escreve frases e continua a utilizar o material dourado para as operações matemáticas. Os colegas e alunos da escola aprenderam a respeitá-la e tornaram-se melhores pessoas, mais solidárias e éticas.”
“Rafael, um menino de 12 anos, gostava de ouvir música, sair, passear, dançar e jogar dominó. Andava muito aborrecido com a escola regular que frequentava desde os dois anos de idade, protestava e não queria mais ir à escola, o motivo ficou logo esclarecido: os pais e a escola achavam que em virtude da síndrome de Down – deficiência intelectual, o menino devia frequentar a classe do terceiro ano, compatível com seu nível cognitivo. A avaliação pedagógica, em conjunto com a professora, revelou que o aluno sabia ler bem, construía frases simples com significado e dominava as operações básicas de adição e subtração. O motivo de tamanho descontentamento com a escola era que os meninos só queriam brincar de correr e jogar bola, eram todos “bobos” na opinião de Rafael. Ele apreciava novelas, música sertaneja, gibis, conhecia o nome de atores e cantores prediletos, queria sair, ir à lanchonetes e  paquerar. Conversamos com a família e com os professores das séries superiores e incluímos o aluno no sexto ano. A escola teve que rever seus conceitos, estudar, mudar atitudes e, principalmente, mudar o arranjo da sala de aula (os alunos olhando a nuca do outro) e trabalhar com projetos pedagógicos, internet, filmes, teatro e música como temas para discussão e realização dos trabalhos. Formaram grupos de dramatização para trabalhar textos e conteúdos acadêmicos, as aulas tornaram-se agradáveis, Rafael pôde participar e colaborar com suas competências e todos aprendiam com mais prazer.”
“Mariana era uma linda menina de 3 anos, morena de olhos grandes e tristes, tinha um grande desejo: interagir, comunicar-se, brincar e ir à escola como as demais crianças de sua idade. Fomos consultados pela mãe sobre essa possibilidade, percebemos que seus pais estavam muitos temerosos com essa ideia, pois Mariana vivia um processo de degeneração muscular, com  importante alteração neuromotora e visual. Procuramos uma escola de educação infantil mais próxima à casa da pequena para que ela pudesse ficar conhecida no bairro, uma vez que saía muito pouco de casa pelas preocupações reais com a saúde da menina. A escola não tinha experiência com crianças com dificuldades neuromotoras e não era acessível para cadeira de rodas. A imponente entrada era servida por grandes escadarias, no pátio havia escadas para acesso ao parque, à casa de brinquedos, à quadra de esportes e havia um corredor elevado sem corrimão, pouco acessível também para qualquer criança pequena. Conversamos  em conjunto com a família, a direção e coordenação da escola sobre os desafios para um projeto de educação inclusiva; discutimos desde as modificações estruturais, capacitação dos professores, adequações curriculares e recursos especiais. O desafio foi aceito por todos: a escola embora particular entendeu que era de sua responsabilidade a modificação do ambiente, adequação dos recursos e formação dos professores. Assim, Mariana pôde ir à escola, fato que mudou radicalmente sua vida, tornando-a  mais alegre, feliz e comunicativa. Fizemos vários encontros de estudo e discussão sobre os fundamentos, princípios e práticas pedagógicas inclusivas com todos os profissionais da escola, inclusive o pessoal de apoio, cantina etc. A interação com os colegas foi surpreendente, todos queriam colaborar. A professora tinha que tomar cuidado para que os pequenos não a superprotegessem. Criamos com os profissionais de fisioterapia e terapia ocupacional um carrinho mais funcional para Mariana locomover-se pelos diferentes espaços da escola e para o brinquedo, o que se tornou uma festa: todos os colegas podiam ajudá-la a se deslocar pela escola. Embora as ajudas técnicas, próteses e órteses, a aluna tinha grande dificuldade para manter o tronco, sentar-se e movimentar as mãos. Decidimos pôr uma professora auxiliar para a classe toda e que ajudava Mariana na realização motora de suas atividades (pintura, desenho, colagem, escrita etc.). Aos cinco anos, Mariana iniciava com muito sucesso o processo de leitura de mundo e pré-alfabetização; em virtude de suas acentuadas dificuldades visuais e motoras introduzimos o computador com ampliação de imagem e aumento dos contrates. Para os jogos e escrita no computador, ela não tinha movimento e força para acionar as teclas e o mouse, e contava com a ajuda dos colegas. O trabalho era sempre em trio, cada um fazia o que podia. Ela sempre ajudava seu colega Marcelo, com síndrome Down a formar as primeiras palavras; ele manipulava as fichas e as colocava na lousa imantada, ela o ajudava (verbalmente) a formar as palavras e a ler. Todos os colegas colaboravam e ajudavam-na com a leitura de imagens e a descrição das cenas dos filmes. Em umas férias de julho, Mariana partiu… e nos ensinou que juntos podemos grandes coisas.”

CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Há poucos anos, era considerada utópica a ideia de inclusão de pessoas com deficiência e dificuldades acentuadas de aprendizagem no ensino regular. Hoje, em vários países do mundo como o Canadá, a Austrália, em vários estados americanos e na Itália a inclusão de alunos com limitações importantes em classes regulares é realidade.
As escolas brasileiras já possuem um número significativo de professores com experiência para ensinar alunos com deficiência no ensino regular. Dados do Censo Escolar MEC/INEP13 indicam aumento significativo de matrículas, foram 325.316 alunos com deficiências matriculados no ensino regular.
A proposta da inclusão não é apenas a de inserção social, mas da participação plena dos alunos com deficiência, da otimização do processo de aprendizagem segundo a possibilidade de cada um. Pretende oferecer apoio aos professores e aos alunos para que estes alcancem níveis superiores de aprendizagem.
Em nossa experiência, os pais têm grande contribuição para dar à escola quando são parceiros no processo de avaliação das necessidades educacionais especiais e nas tomadas de decisões sobre as questões de seus filhos. Os professores necessitam de formação para trabalhar com alunos com diferenças significativas, sejam sociais, culturais ou com deficiências; no percurso formativo precisam adquirir habilidades para trabalhar com grupos heterogêneos, com os sistemas de monitoria e tutoria, os quais trazem benefícios e enriquecimento para os alunos e professores, todos podem aprender mais.
REFERÊNCIAS


  1. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília DF: Senado, 1998.

  1. BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: MEC/SEESP, 1996.

  1. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Lei Federal n.8.429, de 13 de julho de 1990.

  1. BRASIL, MEC. Secretaria da Educação Especial. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília: CNE/CEB, 2001.

  1. BRASIL. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Brasília: CORDE, 2006.

  1. FÁVERO, E. A. G. et.al. Atendimento Educacional Especializado. Aspectos Legais e Orientações Pedagógicas. São Paulo: MEC/SEESP, 2007.

  1. BRASIL, MEC. Secretaria da Educação Especial. Política Nacional de Educação especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Revista de Educação Especial. Brasília: SEESP/MEC, 2008.

  1. ARROYO, M. Fracasso-Sucesso: o peso da cultura escolar e ordenamento da educação básica. InAberto, v.11, n.53, p.43-63, jan./mar.,1992.

  1. MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar. O que é, Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2006.

  1. O’BRIEN, J.; O’BRIEN, L. Inclusão como uma Força para a Renovação da Escola In STAINBACK, S. STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Trad. Magda França Lopes. Porto Alegre: Artmed, 1999.

  1. STAINBACK, S; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Trad. Magda França Lopes. Porto Alegre: Artmed, 1999.

  1. BRUNO, M. M. G. O significado da deficiência visual na vida cotidiana: análise das representações dos pais, alunos e professores. Dissertação de Mestrado. UNESP-UCDB, 1999.

  1. BRASIL, INEP. Censo Escolar 2006. Disponível em: http://www.inep.gov.br. Acesso em: 10/04/2008